SETEMBRO 2010 E FEVEREIRO 1987
Estivemos em João Pessoa, em viagem relâmpago, comemorando o aniversário do meu marido. Ficou aquele gostinho de “quero mais”. A cidade na definição dos seus habitantes é a melhor do Nordeste, do Brasil, da América e do Mundo. Hospitaleiros e declamando versos, taxistas, guias turísticos, comerciantes, nos fazem um convite: Venham morar em João Pessoa e argumentam:
-João Pessoa é a terceira cidade mais antiga do Brasil-Em João Pessoa está o ponto mais oriental das Américas, a Ponta do Seixas. Está a pouco mais de 4.000 km do Continente Africano.
-É a segunda cidade mais verde do mundo.
-Possui um clima tropical úmido com temperatura média de 26º C e Umidade Relativa do Ar média de 80%.
-É uma cidade segura. E tem se verticalizado.
-Possui 2 reservas de Mata Atlântica em plena área urbana.
-Possui ciclovia e o ‘Pedala João Pessoa’, um sistema de locação de bicicletas, com quatro estações.
Desde 1971, quando foi aberto, o Hotel Tropical Tambaú se tornou o principal cartão postal de João Pessoa, praticamente dentro do mar, na praia de Tambaú. Conta com três piscinas, bonitos jardins e um amplo parque infantil. São ao todo 173 apartamentos, quase todos com uma vista: ou para o mar ou para os jardins internos. Seu projeto arquitetônico é assinado por Sérgio Bernardes .
Visite João Pessoa e conheça lugares como:
Farol de Cabo Branco - representa o extremo leste do Brasil, indicando a localização da Ponta do Seixas. É ali que o sol nasce primeiro nas Américas. Inaugurado em 1972, a 40 metros acima do nível do mar, tem formas que remetem a um sisal estilizado.
Estação Cabo Branco -Inaugurado em 2008, o centro cultural projetado por Oscar Niemeyer exibe as curvas características do arquiteto carioca. O espaço reúne ciência, arte e cultura, além de uma bela feira de artesanato. Uma das curiosidades é o sistema externo de alto-falantes - instalado no gramado, replica os sons das peças e concertos apresentados dentro do teatro. A estação fica bem próxima ao Farol do Cabo Branco.
O casarão de azulejos pertencia ao comendador Antônio dos Santos Coelho, depois serviu de repartição pública, escola, o que resultou numa descaracterização do ambiente, do século XIX. Sua parte externa é toda revestida de azulejos portugueses em tons de azul, trazidos da cidade do Porto.
A Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo datam ambos do século XVI. Construídos pelos carmelitas, sua obra é toda em pedra e a fachada e interior da Igreja são trabalhados em rococó. Quase mais nada há do antigo convento. Hoje o local do convento serve como residência episcopal.
O conjunto arquitetônico da Igreja de São Francisco/ Convento de Santo Antônio é formado pelo Adro, Igreja, Convento e Cruzeiro, sendo considerado o maior monumento em estilo barroco da América Latina.
O monumento A Pedra do Reino, escultura cerâmica de Miguel dos Santos, é o reconhecimento dos paraibanos ao dramaturgo, romancista e poeta Ariano Suassuna.
Depois do City Tour, intervalo para o almoço no Mangai, restaurante que serve uma infinidade de pratos típicos da comida paraibana, por exemplo: carne de sol com nata, suvaco de cobra, gororoba de charque, pernil e buchada de bode, peixes, etc.
Mangai é uma expressão popular, usada em algumas cidades do interior nordestino, para designar uma feira, um lugar onde você encontra de tudo um pouco.
Depois do almoço… comprinhas na Feirinha que fica de frente ao Hotel Tambaú.
O algodão de fibra colorida desenvolvido por povos antigos como os astecas e os Incas, é produzido na Paraíba nas cores Bege, Marrom Rubi, Verde e Marrom Safira, sem o uso de agrotóxicos, portanto um produto orgânico, usado no vestuário e na decoração.
Depois das compras: Praia do Jacaré no municipio de Cabedelo para assistir o Espetáculo do Por do Sol. Pode até ser brega, piegas, mas é imperdível. A Praia do Jacaré é fluvial (Rio Paraíba), e vários bares disputam a preferência dos turistas.
Escolhemos o Bombordo, onde tem música ao vivo com um tecladista e uma ótima cantora.
Todo de branco, com um lenço vermelho no pescoço, e cabelos compridos, o músico José Jurandir Félix - ou apenas o Jurandy do Sax interpreta o Bolero de Ravel, todos os dias, para acompanhar o belíssimo pôr do sol na Praia do Jacaré, em Cabedelo, a 17 quilômetros de João Pessoa.
Um barco a remo entra vagarosamente pela foz do rio Paraíba, a partir das 17 horas, Jurandy fica de pé e toca o Bolero de Ravel, exatamente no instante em que o sol se põe. No dia 09 de setembro de 2010, quando Jurandy começou sua apresentação de número 3.584, estava chovendo, sem sol. Mas o espetáculo foi lindo assim mesmo.
No bar Bombordo Jurandy volta a empunhar seu sax para executar várias outras músicas.
Após a apresentação de Jurandy do Sax é a vez de Belle Soares se apresentar com seu violino. Graciosa, executa várias músicas e termina às 18 horas com a Ave Maria.
No retorno para o Hotel, pegamos a BR 230, nada mais, nada menos que a Transamazônica que começa em Cabedelo.
No jantar nossa escolha foi pela Moqueca, que foi salva pelo camarão (muito bom). Perde longe para a famosa Moqueca Capixaba, tanto no jeito de fazer, como na qualidade do peixe que não era lá essas coisas.
Veja o vídeo que mostra apenas fragmentos da comemoração do Aniversário do meu marido, que foi em grande estilo. Começou com a canja de uma turista de São Paulo, que foi ao palco e cantou Fascinação, sua música predileta. Seguiu-se o Bolero de Ravel com o Jurandy do Sax, a Ave Maria executada por Belle e um vendedor de passeios turísticos declamando versos de sua autoria.