Outubro 2012
Várias fotos usadas nesta postagem foram capturadas no Google, e peço que me perdoem os autores por não lhes dar os devidos créditos. Mas fica registrado aqui, que museus, teatros e outros locais que não podem ser fotografados, felizmente podem ser mostrados com a ajuda da Net.
26 de outubro de 2012]
Terezinha e eu partimos de Uberlândia no vôo das 8:30 com atraso de 1 hora, portanto às 9:30, num grupo de mais de 30 pessoas, organizado pela Magnus Turismo. Em São Paulo, após desembarque, traslado e check in no Hotel Massis Five Stars na Rua Luis Coelho, 80, já passava do meio dia. Com saída para o Ibirapuera marcada para as 14:30, tinhamos duas horas e meia para almoçar e irmos ao MASP na Av. Paulista pertinho do Hotel.
Foi atravessar a rua e entrar no Shopping Center 3 que tem a fachada lateral de frente para o Hotel. Seguindo uma indicação da Veja, procuramos pelo Restaurante Páteo da Luz.
Uma recepcionista simpática anunciava um Bufê tradicional e outro de comida mexicana por R$34,90 por pessoa. Almoçamos ali mesmo, uma comida boa e variada. Quando fomos pagar a conta teve um acréscimo de 10%, e o Bufê saltou de 34,90 para 38,40. Questionei a cobrança dos 10%, porque em bufê não existe o serviço de mesa. A gerente disse que era pelo conforto que o restaurante oferecia como o ar condicionado, etc., mas que se eu não concordasse ela faria a dedução. Respondi que queria a dedução sim. E ela foi feita. Ressalto que isto aconteceu porque o Euripedes não estava, pois ele jamais reclamaria.
Pesquisando o site do Restaurante, depois que cheguei me deparei com esta.
"Promoção Melhor Idade" Durante os finais de semana e feriados, maiores de 60 anos pagam apenas R$32,90, no buffet de almoço.
Eles me devem R$ 2,00.
Do Restaurante, demos uma corrida até ao Masp, compramos os ingressos para a Peça Camille e Rodin e ainda fomos espiar as exposições temporárias e permanentes.
Fizemos o que ninguém deve fazer, passar correndo pelas obras, sem reparar detalhes, mas com tempo para perceber a sutileza e beleza das obras expostas.
LUZES DO NORTE - DESENHOS E GRAVURAS DO RENASCIMENTO ALEMÃO NA COLEÇÃO BARÃO EDMOND ROTHSCHILD / MUSÉE DU LOUVRE.
Estão expostas 61 obras-primas da gravura renascentista alemã. Extraída da magnífica coleção de 100 mil obras doadas pela família do barão Edmond de Rothschild ao Museu do Louvre em 1935,
De Albrecht Dürer, artista alemão responsável por levar o Renascimento para o Norte da Europa, há várias obras primas em gravura, como as duas que se seguem.
A Trindade
Admirar gravuras como estas é um privilégio. A riqueza de detalhes nos faz imaginar a grandeza do artista e a importância de sua obra para o mundo das artes.
Santo Eustáquio
A mostra fica até 13 de janeiro no 2º andar do MASP, ao lado das exposições do acervo do museu.
O ESPECTRO DIVERSO - 600 ANOS DE CERÂMICA COREANA
De 17 de agosto a 25 de novembro de 2012
OBSESSÕES DA FORMA - ESCULTURAS DA COLEÇÃO MASP
(A Bailarina de Catorze Anos, de Degas)
Greta Garbo de Ernesto De Fiori;
DEUSES E MADONAS - A ARTE DO SAGRADO
40 obras de mestres dos séculos 14 ao 19, Deuses e Madonas - A Arte do Sagrado apresenta o universo do sagrado na cultura ocidental.
Ainda sobrou um tempinho para rever o ACERVO do Masp. Da ultima vez que estive lá, a obra Rosa e Azul não estava exposta. É apaixonante. Repare no cabelinho loiro da garota. Como um artista pode chegar a esta tonalidade com tanta perfeição? O brilho dos olhos, a expressão das meninas, as pinceladas das saias, fazendo o efeito renda.... Só um gênio mesmo.
"Renoir, pintando Rosa e Azul mostra, na vibração da superfície e das cores vivas que compõem os vestidos das meninas, toda a vivacidade e a graça instintivamente feminina que se esconde atrás da convenção da pose, todo o frescor e a candura da infância. As meninas quase se materializam diante de observador, a de azul com o seu ar vaidoso e a de rosa com um certo enfado, quase beirando as lágrimas." (Texto junto ao quadro - MASP)
Do Masp para o hotel, a tempo de pegar o ônibus rumo ao Ibirapuera para vermos "Esplendores do Vaticano"
O Auditório Ibirapuera é um edifício concebido por Oscar Niemeyer para apresentações de espetáculos musicais. Uma marquise, executada em metal pintado de vermelho, cobre o acesso principal e devido à sua forma e cor dá identidade ao prédio, caracterizando-o e o diferenciando dos demais. Por este motivo, o elemento foi transformado em logomarca do auditório e batizado oficialmente de "Labareda".
A OCA
O Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, popularmente conhecido como Oca, é um pavilhão de exposições localizado no Parque do Ibirapuera. Foi projetado por Oscar Niemeyer em 1951, para compor o conjunto arquitetônico original do Parque do Ibirapuera, construído para comemorar o IV Centenário da Cidade de São Paulo, que se deu em 1954.
Esplendores do Vaticano: Uma Jornada Através da Fé e da Arte, que traz pela primeira vez ao Brasil 200 obras de arte sacra e objetos históricos significativos, muitos dos quais nunca deixaram a sede da Igreja Católica e, muitas vezes, não são expostos para o público que visita a cidade-estado.
São 11 Galerias.
Galeria 1- um cemitério, com a representação do túmulo de São Pedro, com um fragmento original com a inscrição Petros Eni (Pedro está aqui), o tijolo do túmulo do apóstolo, ( século II), e uma cabeça de uma estátua masculina, encontrada sob o piso da Basílica do Vaticano.
Galeria 2, A Ascensão da Roma Cristã, uma estátua de Arnolfo di Cambio, , um relicário delicado, de ouro e prata, com fragmentos de ossos dos santos Pedro, Paulo, Ana, José e muitos outros.
Galeria 3, o Renascimento, como o Martírio do Apóstolo Pedro, escultura em mármore, do século XV, que mostra a morte do apóstolo, que foi crucificado de cabeça para baixo, no Circo de Nero, onde mais tarde se ergueria a Basílica de São Pedro.
Galeria 4, dois grandes destaques da mostra: a sala de Michelangelo e A Basílica do Renascimento. Uma reprodução da Pietá, a Pietá Baixo-Relevo original, um compasso usado pelo artista, além de esculturas e murais de Lorenzo Bernini e Giacomo Zoboli.
Galeria 5 - o visitante poderá experimentar como seria entrar na Capela Sistina durante sua construção e ver a reprodução dos andaimes usados para pintar o teto da igreja.
A sexta galeria traz obras da época da Reforma Católica,e o grande destaque é o Retrato de Crsto com a Coroa de Espinhos, de Guercino, que é extremamente expressivo. A Virgem Maria com o Menino Jesus e o livro nas mãos, outra obra de Guercino, também mostra toda a expressividade do artista.
Na sétima sala, A Arte da Liturgia, é possível ver calíces, patenas, roupas e o trono do Papa Pio XI.
A oitava galeria, mostra o diálogo da igreja com o mundo e a vida dos missionários. Entre os destaques estão os pergaminhos chineses e o primeiro mapa geográfico da Austrália.
A nona e a décima galeria, trazem retratos de papas e obras contemporâneas, nem de longe tão interessantes quanto as exibidas nas demais galerias.
A última, e uma das mais importantes, é dedicada ao papa João Paulo II (1978 - 2005), que traz um busto, um retrato e uma poesia do papa. A galeria também apresenta um molde em bronze da mão de João Paulo, que poderá ser tocada por visitantes.
Guarda Suíça Pontifícia é o nome dado ao corpo de guarda responsável desde 22 de janeiro de 1506 pela segurança do Papa. Hoje constitui também as forças armadas da Cidade do Vaticano. Atualmente a Guarda Suíça é composta por cinco oficiais, 26 sargentos e cabos e 78 soldados. É a única guarda do mundo em que a bandeira é alterada com cada novo chefe de Estado, pois contém o emblema pessoal do Papa
Os visitantes poderão fazer uma visita virtual à famosa capela de Michelangelo e encostar em um molde de bronze da mão de João Paulo II."
Da Oca fomos até o MAM que apresenta a exposição "Adriana Varejão - Histórias às margens", com obras da artista plástica brasileira. A mostra fica em cartaz até 16 de dezembro e reúne esculturas e quadros tridimensionais com figuras feitas de gesso e cores fortes que parecem saltar da tela.
Histórias às margens, abarca vários períodos da carreira de Adriana Varejão a partir dos anos 1990 e traz obras de coleções do Brasil e exterior. Histórias às margens são, “histórias marginais, muitas vezes esquecidas ou colocadas às margens pela história tradicional, sejam elas histórias do Brasil, de Portugal, da China, da arte, do Barroco, da colonização"
Margem de 1999.
Este painel com várias telas é muito lindo. Adriana Varejão é considerada a artista plástica mais importante do cenário brasileiro contemporâneo e ela não é nada convencional. Vi sua obra pela primeira vez, em Inhotim. Apesar de não ter muita familiaridade com a arte contemporânea, sua obra me impressiona e agrada.
Irezumi em Ponta de Diamante, obra de 1997,
Retorno ao Hotel, um banho e uma passagem por dentro do Shopping, onde "jantamos" uma Esfiha, em direção ao Auditório do Masp para o fantástico espetáculo Camille e Rodin.
Auditório do Masp - Camille e Rodin
De Franz Keppler, , o drama inédito traz à tona o relacionamento de quinze anos entre o escultor Auguste Rodin (1840-1917) e sua discípula Camille Claudel (1864-1943).
Recém-chegada a Paris, a jovem Camille (interpretada por Melissa Vettore) torna-se amante de Rodin (papel de Leopoldo Pacheco). A intuição dela e o apuro técnico dele criam um embate marcado pela competitividade e pelas diferentes visões de geração e do amor.
Entre os acertos de Keppler e do diretor Elias Andreato está a humanização dos personagens. Para isso, as interpretações de Pacheco e Melissa tornam-se a base da encenação calcada em detalhes reafirmados na cenografia, na iluminação e nos sutis saltos de tempo. (Veja SP)
Esta atriz, Melissa é maravilhosa. Dramática no tom e tempo certo.
Prorrogado até 09/12/2012
Imagens Urbanas
Painel de Di Cavalcanti na frente do Novotel,antiga redação de “O Estado de S.Paulo”
Muro da Memória maior mural em grafite numa via pública na cidade de São Paulo, com cerca de 1.000 metros quadrados, produzido em uma das principais avenidas, a 23 de Maio. Um presente do artista plástico, Eduardo Kobra.
A escultura ``Velocidade: Alma e Emoção", em homenagem ao piloto tricampeão mundial, foi colocada na entrada do túnel sob o Parque do Ibirapuera.
Trata-se da reprodução estilizada de um carro de F-1. A artista Melinda Garcia, que fez a escultura, sugere em seu trabalho o gesto de Senna erguendo uma bandeira de dentro do carro.
Sábado - 27 de outubro
Saída do Hotel às 9:30 em direção ao Mercado Municipal. Na porta do Mercado foi marcado um reencontro do Grupo às 13:30 para retornarmos ao Hotel. Daí mesmo, tomamos um taxi e fomos até à Sala São Paulo.
Fomos à Sala São Paulo comprar ingressos para assistirmos ao Coral da Osesp, no domingo, porém....Ingressos esgotados.
Fotografamos as deusas da Arquitetura e das Artes e retornamos ao Mercado Municipal.
No caminho para o Mercado, uma passadinha pela 25 de março, onde tivermos a oportunidade de conhecer falsificações de primeira linha das Bolsas Louis Vitton e Victor Hugo. Dá prá acreditar que existem falsificações de 1ª, 2ª e 3ª linha? Não compramos nada.
Eu, que adoro um mercado, fico encantada com a variedade de frutas e outras comilanças. Terezinha também.
Almoçamos "Pastel de Bacalhau" no Salada Paulista, restaurante onde existe o boneco, em tamanho natural, do grande Adoniran Barbosa.
Do Mercado para o Hotel, uma descansadinha e preparação para irmos para o Teatro Procópio Ferreira assistir ao Musical Cabaret às 17 horas.
Dos vários musicais que já fui assistir em São Paulo este foi um dos que menos gostei. Posso colocá-lo junto com New York, New York que também não gostei muito.
Cláudia Raia produz e estrela montagem de Cabaret. Miguel Falabella assina a versão brasileira do musical, que tem direção de José Possi Neto.
Em cena, a atriz Claudia Raia vive a dançarina Sally Bowles, que se envolve com o escritor norte-americano Cliff Bradshaw (Guilherme Magon), no decadente Kit Kat Club, de Berlim. A história tem como pano de fundo a Alemanha simpatizante do nazismo, nos anos 30.
Claudia Raia e Jarbas Homem de Melo vivem o "Felizes para Sempre" na vida real.
Raimunda, Raimunda
Depois de ouvirmos elogios rasgados ao espetáculo Raimunda, Raimunda, resolvemos ir conferir após o Musical Cabaret e disparamos para o Teatro Raul Cortez.
A peça “Raimunda, Raimunda”, texto do piauiense Francisco Pereira da Silva, dá continuidade à celebração dos 50 anos de carreira de Regina Duarte.
"Dividida em duas partes, a peça começa com o vídeo da explosão da bomba de Hiroshima. Na seqüência, uma cena em que Ramanda (Duarte) e Ruda, ou 3.1 (Segreto), pairam em um mundo sem oxigênio, sem vida em busca de um paraíso inventado por ela (São Saruê). No diálogo, uma série longa de explicações ao público sobre a realidade da cena, sempre informando mais do que dizendo, completando mais do que embelezando. O texto parece concluir-se em si, sem deixar a possibilidade do leitor dar sentido a ele. O teatro, nesse contexto, está vazio. Não há conflito, não há curva dramática, não há ação, mas sobram descrições. O que poderia ser teatro do absurdo morre nas intenções de Ramanda que quer conquistar o hermafrodita Rudá, situando a primeira parte de “Raimunda, Raimunda” em um meio do caminho entre gêneros cênico-narrativos." (Crítica)
" Na segunda parte da peça Regina Duarte interpreta Raimunda, uma menina cearense com lábios leporinos que quer ser enfermeira, corrigir a própria boca e, assim, ser feliz como julga serem as outras mulheres. Com duas amigas, ela parte do sertão para o Rio de Janeiro, vivenciando, no caminho, toda a sorte de desafios. É aí que vemos Regina na sua melhor participação, a brincar com a doçura da personagem, seus sonhos, suas vontades. ".
Pelo fato da peça ter sido recomendada como uma comédia muito engraçada, eu passei boa parte do espetáculo esperando o riso chegar. Ele não veio. E uma outra coisa que também não entendi foi o fato das duas amigas de Raimunda serem encenadas por homens.
Nosso Jantar
Saindo do teatro, tomamos um taxi até o hotel e dalí fomos até a Bella Paulista, padaria 24 horas para dar um tapa na fome.
A Bella Paulista na esquina da Rua Haddock Lobo com a Rua Luís Coelho, oferece desde o bufê de café da manhã, passando pelas opções de almoço e jantar, que inclui pratos e lanches, até a mesa de sopas, que funciona durante toda a madrugada”. Encaramos uma sopa e fomos dormir.
28 de outubro - Domingo
Foi o dia menos proveitoso em termos de programação.
Programado para sairmos ao meio dia rumo ao Bairro do Bixiga, resolvemos encarar a redondeza. De frente ao hotel, o Shopping Center 3 tem uma feirinha nos corredores aos domingos. Corredor vai, corredor vem e nada nos encanta. Então, resta olhar, olhar, olhar.
Do Hotel já fomos direto para a Taberna do Julio no Bixiga.
Taberna do Julio
Rua Conselheiro Carrão , 392, Bela Vista, São Paulo - SP
O Menu era um rodizio de massas: espaguete à bolonhesa, nhoque ao sugo, capelete à romanesca, lasanha ao forno, rondelli gratinado, ravióli de ricota e talharim à carbonara.
O grande "furo" foi uma Taberna italiana servir molho com extrato de tomate.
Reparem na decoração.
Cristina e Susi merecem nosso aplauso e respeito. É a 6ª vez que participo do "São Paulo Cultural" organizado pela Cristina da Magnus Turismo. Sempre irretocável, com segurança, planejamento e profissionalismo. Susi é a guia local e deu todo o suporte cultural de que precisavamos. A logística dos passeios é perfeita e participar desta programação é sempre uma experiência gratificante.
Obrigada Cristina e Susi. Até a próxima.
Do Restaurante fomos caminhando até a Igreja Nossa Senhora Achiropita.
A devoção à Mãe Achiropita, cuja festa é celebrada no dia 15 de agosto, surgiu em Rossano Cálabro e data do século XII. Veio com os italianos que deixaram seu país em busca de melhores condições e se estabeleceram em São Paulo, mais precisamente no bairro do Bixiga.
Uma das atrações do domingo é a Feira de Antiguidades do Bixiga.
A Feira de Antiguidades do Bixiga, na Praça Dom Orione, reúne um pouco de tudo: de móveis de época a livros e discos. Uma ala é dedicada apenas a brechós. Acontece aos domingos, das 8h às 18h.
O calor exagerado tirou o ânimo de todos e, rapidinho desistimos de ver alguma antiguidade que pudesse valer a pena adquirir e fomos procurar sombra e água fresca que não havia na feira.
De frente para a praça está o Restaurante Villa Tavola, onde fomos nos aboletando em um banco estrategicamente colocado na calçada.
O café dentro do Restaurante, com ar condicionado, cadeirinhas confortáveis foi um convite para um Carioca e uma "desculpa" para aguardarmos o ônibus que nos levaria ao aeroporto.
Quando o ônibus chegou, fui apressadamente ao Caixa pagar o café e deixei meus óculos no balcão.
Já estava entrando no ônibus, sem lembrar deles, quando apareceu uma funcionária do Restaurante com ele nas mãos procurando pela dona. Nem deu tempo de agradecer a garota que deu um grande exemplo de honestidade.
Agora é esperar pela próxima....